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Estar atento aos sinais do nosso corpo é importante para identificar os motivos que causam algum comportamento estranho ou inesperado. E a falta de libido pode acontecer e estar relacionada a questões físicas ou emocionais e deve ser examinada mais a fundo.

Mas o que é a libido? O nome está relacionado ao desejo sexual, e por isso, pode estar alto ou baixo em algumas pessoas, em determinadas fases da vida. Os aspectos hormonais influenciam tanto quanto os aspectos psicológicos. Essas alterações na área do desejo para homens têm muita relação com testosterona, mas também tem relação com ansiedade e estresse que podem influenciar demasiadamente na falta do desejo sexual. Já em mulheres a maior parte das queixas está relacionada a predominância estrogênica, isto é, uma fase do climatério onde o estrogênio está desproporcional em relação a progesterona e isso pode ocorrer a partir dos 35 anos. Outra causa comum de queda de libido em mulheres é a menopausa, e para isso o mais indicado é a reposição hormonal. O uso da testosterona em mulheres é indicado numa patologia denominada Desejo Sexual Hipoativo e o diagnóstico é feito pelas queixas e não pelo valor de testosterona no sangue. Os estudos demonstram que a testosterona nesses casos tem efeito moderado.

A falta de libido é um problema que pode ser a causa de uma relação amorosa problemática mas também pode ser consequência dela. O importante é identificar as origens bioquímicas, anatômicas ou psicológicas e tratá-las.

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Possíveis causas da falta de libido

Fatores psicológicos: estresse, depressão, ansiedade, traumas e fadiga são alguns dos motivos que provocam a falta de libido.
Alterações anatômicas na região urogenital consequente à doenças ou má-formações.

Medicamentos: o uso contínuo de remédios que diminuem os níveis de testosterona no sangue (como aqueles para exemplo medicamentos para depressão, ansiedade, tratamento hormonal para câncer de mama, tratamento de câncer de próstata) também podem reduzir a libido.

Alterações hormonais: Baixo nível de testosterona estradiol podem influenciar em homens e mulheres, mas seus resultados são impactantes nas queixas masculinas. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a testosterona em mulheres tem efeitos limitados e a maior parte das vezes os problemas hormonais são outros, como climatério e menopausa.

Segundo um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo por meio do Cresex (Centro de Referência e Especialização em Sexologia) do hospital estadual Pérola Byington, falta ou diminuição do desejo sexual afeta 48,5% das mulheres que procuram auxílio médico por conta de disfunções sexuais.

Outro levantamento feito pelo Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP), mostrou que a falta de libido representa o maior número de queixas registradas no Ambulatório de Sexualidade da Ginecologia, somando 65% das reclamações.

A pesquisa do Cresex foi realizada com 455 pacientes do Ambulatório de Sexologia. O HC levou em conta o público que gira em torno de 150 a 200 pacientes por mês. Os dois estudos mostraram que a falta de desejo sexual é uma queixa predominante entre as mulheres nos consultórios médicos.

Homens e mulheres são igualmente afetados pela falta de libido, mas as queixas divergem, homens queixam-se mais de disfunção erétil (dificuldade de manter o pênis ereto na hora do sexo) e ejaculação precoce, muitas vezes ligada a processos ansiosos, e mulheres se queixam de falta de desejo e falta de orgasmo.

A falta de orgasmo em mulheres é um problema muito mais comum do que se pensa, alguns estudos apontam que mais de 80% das mulheres queixam de anorgasmia e a causa está muito relacionada à falta de conhecimento do próprio corpo. Existe uma ideia de que a área da vagina seria a região mais sensível e responsivo ao orgasmo mas não é. Essa região é pouco inervada para permitir a passagem do feto quando do processo do nascimento. A área feminina que corresponde ao pênis no homem e é o clitóris então é lá que deve ser friccionado para que a mulher chegue ao clímax da relação sexual.

Como tratar e aumentar a libido

Para aumentar a libido é importante consultar um médico para que seja possível identificar a causa e, assim, iniciar o tratamento mais adequado. Nos casos em que a falta de libido é devido ao uso de algum medicamento, o médico pode alterar a dosagem, efetuar a troca do medicamento, ou até mesmo a suspensão do remédio. Quando está relacionado com alterações hormonais, pode ser recomendada a realização da correção dos hormônios apropriados.

Alguns medicamentos que aumentam o fluxo sanguíneo genital também podem ajudar em alguns casos. O uso de medicamentos fitoterápicos costumam surtir poucos efeitos e portanto não são os mais indicados.

Mas se a falta de libido estiver relacionada a questões emocionais, é importante procurar uma médico ou psicólogo que seja capacitado em tratar ansiedade e estresse que são as causas mais comuns. Para casos específicos na esfera sexual a melhor solução é buscar um tratamento com profissional especializado.

A autora é a Dra. Sarina Occhipinti, especialista em Clínica Médica – email: contato@institutosari.com

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Testosterona não é a solução para todos os casos de falta de libido.

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