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A solidariedade é uma das características mais marcantes do Natal. Ceias solidárias para pessoas em situação de vulnerabilidade e distribuição de brinquedos para crianças de baixa renda são exemplos de ações comuns que se observa nessa época do ano. Mas segundo o filósofo Fabiano de Abreu, essas são medidas que precisam se perpetuar durante todo ano.

Estatisticamente, existem dois tipos de pessoas solidárias segundo a leitura do filósofo: as que ajudam para se beneficiar perante a sociedade, se valendo de descontos nos impostos, por exemplo, e as que fazem porque desejam contribuir para uma sociedade melhor. “Esse último grupo é o mais inteligente. De que adianta ter uma casa bonita, com um quintal arrumado e limpo, se a casa do vizinho está desmoronando ou a rua está toda esburacada? De nada vale fazer por si mesmo o ano inteiro e não fazer para o outro. Não resolve tapar os olhos e fingir que não vê. A simetria do que se vê revela quem você é”.

Agir com solidariedade e promover a confraternização durante o ano todo é um princípio básico de quem tem inteligência porque funciona como um fator natural de bem-estar. “Se ajudo, vou estar no meio daquilo que posso transformar em algo melhor, seja para mim ou para o outro. Esse conceito que está tão presente no Natal é o valor que há em viver bem em sociedade, em conjunto, em harmonia, dando e recebendo”, aponta Fabiano.

Além do bem ao próximo, ações como esta promovem benefícios à saúde, pois é provado cientificamente que, ao ser solidário, o hormônio da satisfação é liberado no corpo. “Da mesma forma, vivenciando mais momentos de confraternização a pessoa tende a ser mais feliz e ter experiências positivas mais vezes na vida. É também uma maneira de evitar a solidão sabendo que existem pessoas que gostam de você e estão disponíveis. Isso promove um alívio subconsciente de que existe alguém ali do seu lado”

Fabiano reitera que esse benefício não se aplica à pessoas que pensam que fazer o bem ou estar junto está atrelado a algum interesse financeiro ou material em termos de tirar alguma vantagem. “Muitas vezes, parece impossível o espírito do Natal durar o ano inteiro, até porque, nós, seres humanos, temos oscilações. Mas essa é uma questão de caráter, de algo que está dentro da pessoa, faz parte da sabedoria de quem pensa no outro como em si mesmo”, conclui.

Fabiano de Abreu é um filósofo e especialista em estudos da mente humana. Membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes com sede em Inglaterra, tem um dos maiores QI do mundo com a marca de 99 de percentil, em medidas aceitas atualmente na neuropsicologia.

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O espírito do Natal tem que durar o ano inteiro

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