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Até as 16h30 desta quinta-feira, enquanto prosseguia em andamento, a  operação policial no Jacarezinho  somava 25 mortes , incluindo a de um policial civil que participava da incursão. Os números fazem com que essa seja a ação policial mais letal da História do estado do Rio de Janeiro .

Um levantamento feito pelo GLOBO com base nos microdados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revela que, desde 2007, apenas um dia registrou uma quantidade de mortes decorrentes de intervenção policial maior do que as ocorridas nesta quinta-feira na favela da Zona Norte: 15 de outubro do ano passado, quando foram computados 25 homicídios em ações policiais. Esse total, entretanto, referia-se a oito ações diferentes espalhadas pelo estado.

operação desta quinta-feira deixou também pelo menos cinco feridos até o início da tarde — entre os quais dois agentes alvejados durante o confronto, uma pessoa baleada no pé dentro de casa e dois passageiros atingidos por estilhaços no metrô. O impacto se estendeu até o entorno da comunidade, paralisando a circulação do trem e do metrô e impedindo o funcionamento de três unidades municipais de saúde próximas.

Dezenove mortos em 2007 no Alemão

Em junho de 2007, às vésperas do início dos Jogos Pan-Americanos no Rio, as polícias Civil e Militar realizaram uma das maiores operações no Complexo do Alemão, também na Zona Norte da cidade. A ação, que prometia um cerco ao tráfico de drogas do conjunto, terminou com 19 pessoas mortas e ao menos nove feridas.

Policiais civis e militares de várias delegacias e diversos batalhões formaram o contingente de 1.200 homens, e com o apoio de 150 agentes da Força Nacional de Segurança (FNS), e que atuaram por cerca de oito horas e apreenderam dezenas de armas, cápsulas e drogas.

Os confrontos aconteceram dentro do conjunto, como nas comunidades da Fazendinha e da Grota e em um ponto conhecido como Areal. Até o fim da tarde, a Secretaria de Segurança confirmou a morte de 13 pessoas durante a operação. O número de óbitos aumentou por volta das 20h, quando seis corpos foram deixados em frente à 22ª DP (Penha). Um motorista de Kombi, que fazia lotada na região, foi obrigado a retirar os mortos do Complexo do Alemão, ao ser abordado por um grupo. Ele pediu ajuda a integrantes da Força Nacional de Segurança ao deixar a comunidade.

Confrontos no Jacarezinho

Nesta quinta-feira, dia 6, a operação da Polícia Civil no Jacarezinho teve como alvo uma organização criminosa que atua na comunidade e que seria responsável por homicídios, roubos, sequestros de trens da SuperVia e o aliciamento de crianças para atuarem no tráfico local. A ação foi chamada de Exceptis e coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Um dos principais casos de operação policial na comunidade aconteceu em 28 de maio de 1997, quando a ação, que durou cerca de quatro horas, terminou com a morte de nove criminosos, entre eles José Kídgério Soares, o Rogerinho, apontado como chefe do tráfico no local. Um contingente com cerca de cem policiais — Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) e de quatro Batalhões da Polícia Militar — participou do cerco a uma casa que, segundo denúncias, servia de esconderijo para Rogerinho.

Durante a ação, seis criminosos foram mortos durante troca de tiros. Rogerinho, José Patrício Pereira e outro traficante identificado como Pedrinho invadiram um imóvel para se abrigar. Na época, de acordo com a polícia, houve negociação par a rendição por cerca de uma hora. Neste tempo, uma granada foi lançada contra os agentes, que reagiram invadindo o imóvel e matando o trio.

Via IG

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Massacre no Jacarezinho: operação policial já é a mais letal da história do Rio

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