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O currículo costuma ser a principal referência de uma empresa para entender se um candidato atende ou não aos requisitos que ela necessita para ocupar uma determinada vaga. Mas esse documento é uma peça objetiva, que revela “apenas” os cargos que ocupou, os lugares por onde passou e os cursos que fez ao longo dos anos.

Mas é na prática, no convívio diário, no tête-à-tête, que estão certamente as informações mais valiosas, e que não aparecem na ficha do candidato: sua vontade de aprimorar, de se desenvolver profissionalmente, de aprender a usar todas as ferramentas que fazem parte do processo de produção da empresa, e por aí vai. Quando uma corporação tem no seu quadro um colaborador com essas características, pode ser uma ótima oportunidade de investir no seu crescimento.

Mas é importante lembrar que o crescimento advém do conhecimento. E esse conhecimento é amplo. Não se restringe apenas ao domínio das técnicas necessárias para executar uma ou mais tarefas, mas também do autoconhecimento profissional, do entendimento próprio daquilo que ele, o colaborador, precisa para ir além.

Certamente a maioria dos gestores com mais experiência conviveram com pessoas talentosas por natureza, mas sem nenhuma noção de onde estavam nem para onde queriam ir. Esse é um tipo de talento quase que vazio, porque não tem compromisso com a melhoria, com uma evolução que exija novos aprendizados que possam levá-las adiante. O que aprendem de novo muitas vezes é apenas por hobby, um passatempo com data de vencimento.

Ora, da mesma forma que uma pessoa precisa de um plano pessoal sobre aonde quer chegar, a empresa também deve participar dessa caminhada e estimular o desenvolvimento das pessoas certas. A realização profissional, afinal de contas, não pode ser encarada como uma via crucis por onde o colaborador é obrigado a passar – e a sofrer – até alcançar a linha de chegada, com o ambiente e a valorização adequados.

A realização pode até ser um processo, mas que só é possível quando a empresa oferece todas as condições para que o colaborador se sinta acolhido e, assim, encontre um ambiente propício para desenvolver todas as suas habilidades. A consciência corporativa de que esse papel deve ser compartilhado pode ser exatamente aquilo com que seus empregados sonham para se sentirem próximos da realização.

E é esse ambiente favorável o nascedouro de grandes profissionais, grandes lideranças e grandes equipes de trabalho. Ser uma incubadora de tantos talentos faz elevar também o nome da empresa a um nível superior de mercado. O que significa que oferecer um cenário favorável ao autoconhecimento é investir no crescimento não apenas do colaborador, mas no da própria empresa.

A autora é Renata Lemos, consultora especialista em desenvolvimento de líderes e cultura organizacional, e fundadora do Instituto Excelência Gestão e Cultura (IEGC) – renatalemos@grupoerres.com

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Conhecimento gera crescimento

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