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A seca em diversas regiões da África do Sul está se tornando cada vez mais severa, ao ponto de cientistas do país sugerirem uma medida drástica: o lançamento de partículas reflexivas na atmosfera para reduzir o impacto da luz solar no solo e evitar que o problema se torne tão grande a ponto de a água se tornar insuficiente.

Segundo o jornal sul-africano Mail & Guardian, a ideia pode trazer consequências graves – tanto no aspecto ecológico como no geopolítico. Entretanto, dada a gravidade da situação, os especialistas já estão deixando a opção engatilhada para o caso de outras possibilidades falharem.

A África do Sul teme o que se tornou conhecido como “Dia Zero”, um evento climático onde algum recurso natural e abundante para nós hoje, tornar-se-á tão raro no futuro que sua falta pode trazer implicações catastróficas à humanidade. No presente caso, a nação sul-africana crê que, se nada for feito, um “Dia Zero” deve tornar a disponibilidade de água tão escassa no país que, ao fim do século XXI, ela se tornará algo raro, inacessível para toda a população.

Aerossóis reflexivos na atmosfera

Para isso, um time de pesquisadores da Universidade da Cidade do Cabo publicou um estudo onde argumenta que a liberação de partículas de dióxido de enxofre em aerossol na atmosfera pode reduzir esse cenário ao longo dos anos. Eles ressaltam, porém, que a medida serviria mais para manter as coisas como estão agora, do que efetivamente “consertar” o problema.

“Nossas descobertas sugerem que manter a temperatura média global nos níveis de 2020 (…) poderia mitigar o risco de um ‘Dia Zero’ ao fim do século em até 90%, mantendo as secas nos níveis que conhecemos hoje”, afirmam os cientistas em seu estudo.

Mais além, o estudo relata que a liberação de aerossóis reflexivos na atmosfera não faria nada para combater o aquecimento global, mas meramente serviria de máscara para um de seus efeitos. Mais além, uma ação tão drástica poderia gerar conflitos políticos globalizados.

 “O gerenciamento de radiação solar afetaria fortemente o clima, produzindo ‘vencedores’ e ‘perdedores’ em diferentes regiões, com diferentes níveis de entrega”, argumentou a ONG Climate Analytics em um estudo de dezembro de 2018. “Assim sendo, isso provavelmente se tornaria uma fonte de massivos conflitos entre nações. Se isso não for completamente banido, essa ação colocaria o poder de desencadear um choque climático nas mãos de indivíduos específicos”.

Os cientistas concordam com essa percepção, até um certo grau: “Uma mudança de localidade, modelo ou entrega desse gerenciamento da radiação solar pode trazer resultados bem diferentes”.

Por ora, a ideia está no campo da teoria, e executá-la deve exigir uma participação bem mais aprofundada da comunidade global.

Fonte: Mail and Guardian

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Cientistas querem ‘diminuir o brilho’ do Sol na África do Sul

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