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O panorama evolutivo da tecnologia deixou de ser matéria de história para se tornar uma aula-viva, quase diária, de como ela é capaz de orquestrar as transformações em diversos âmbitos das nossas vidas. Mídias sociais, velocidade, smartphones, velocidade, banda larga, conexão e mais velocidade (claro!), além de fatores humanos como relacionamento e construção coletiva, também passaram a fazer parte do jogo do mercado. Mas já pensou no que ou em quem está por trás de toda essa agilidade e essas ferramentas? Programação, softwares, Inteligência Artificial, Big Data… Tudo está atrelado a profissões que nem imaginávamos que poderiam existir há poucos anos.

Essa longa lista de estrangeirismos, que vão muito além do português justamente por representarem tendências tecnológicas globais, traz muitos benefícios, mas também consequências. Afinal, profissões surgiram para responder a demandas geradas por todas essas inovações. Sabemos que, quando novas propostas surgem, outras podem deixar de existir – e essa não é uma novidade, nem mesmo no mercado de trabalho. Por outro lado (sejamos otimistas), elas também abrem uma oportunidade para renovar habilidades e aprendizados, adaptando-se às necessidades que a velocidade da evolução tecnológica exige.

No Cubo Itaú, um dos principais radares do mercado tecnológico da América Latina, costumamos dizer que o mundo está mudando de velocidade com uma frequência cada vez maior. Ou seja, o que antes demorava 10, 50, 100 anos para acontecer hoje leva meses, dias ou até horas, às vezes. As próprias facilidades do mercado financeiro são um bom exemplo dessa transformação. Até os anos 1980, não existiam caixas eletrônicos, uma inovação que agilizou o dia a dia da sociedade e foi sendo aprimorada aos poucos ao longo dessas mais de três décadas. Mas hoje, para se manter imprescindível e atender às necessidades dos consumidores, um aplicativo de smartphone chega a ser atualizado mais de 60 vezes em um ano.

Nesse exato momento, enquanto eu escrevo e vocês leem, estão em curso tendências de consumo e comportamento que ditam as necessidades das pessoas e são muito importantes para que as soluções de hoje se mantenham relevantes amanhã. Um movimento que nos obriga, mais do que nunca, a manter as nossas qualificações em dia.

As empresas de tecnologia que desenvolvem soluções em educação e em recursos humanos, as chamadas Edtechs e HRtechs, já apresentam novas ferramentas para esse cenário de inclusão, num mundo que assiste a transformações cada vez mais rápidas. Isto acontece porque não basta aprender novas funções. É preciso estar preparado para aceitar o novo e não acomodar velhas habilidades, adquirindo conhecimentos renovados que ajudam até mesmo a adaptar a carreira no meio do caminho, se for preciso.

O desafio é enorme. Entender as novas demandas exige pesquisa e os resultados ainda não são fáceis de alcançar. A descrição das novas oportunidades de trabalho que surgem nesse contexto – ainda pouco divulgadas em larga escala – ajuda a compreender o perfil desejado. Growth, UX (experiência do usuário), marketing digital, programador e desenvolvedor são funções cada vez mais requisitadas e que podem ser encontradas em diversos espaços, mesmo os que não são tão conhecidos do público. LinkedIn, Love Mondays e Cubo Explora (que apenas em novembro de 2018 apresentou mais de 400 vagas em mais de 60 startups) estão aí para contribuir e desmistificar as primordialidades dessa conjuntura.

As empresas precisam ser atraentes para os clientes, quadro de colaboradores, candidatos… Para as pessoas, de uma maneira geral. Manter essa relevância junto aos stakeholders sempre deve ser o objetivo. E, por isso mesmo, precisamos estar preparados para nos adequarmos, seja qual for a demanda. Em outras palavras, não adianta caminhar num ritmo diferente do mundo atual. Quem nunca se pegou sem paciência para aguardar mais de 10 segundos para uma página da web abrir? Ou até terminar a atualização de algum aplicativo?

A cultura social e corporativa está se transformando, mas ainda não estamos 100% habituados a essas mudanças de padrão. Tampouco temos todas as respostas. Afinal, enquanto novas soluções surgem, novas competências precisam ser desenvolvidas. Estamos aprendendo ao mesmo tempo em que precisamos colocá-las em prática. Esse contexto assusta, mas pode ser bastante empolgante.

Lineu Andrade é diretor de Tecnologia no Banco Itaú. Com 30 anos de experiência, atualmente é responsável pelas equipes de Engenharia de Sistemas de Canais de Distribuição (Internet, Mobile, Agência, Call Center e ATMs) e pelo CUBO Itaú.

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